segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Vantagem: Cidades pequenas não têm empresas de RH

Se você já fez ou faz faculdade aqui no Rio ou em qualquer outra grande cidade, já deve ter estado em uma delas: empresas de RH. Essas que contratam funcionários e, na minha experiência, estagiários para outras empresas.
Mas se você fosse eu, acharia esses lugares uma chatice com pessoas que não sabem do que e para quem estão falando. Hoje estive em uma delas e foi um desastre.
A vaga é para uma revista muito conhecida e eu faço jornalismo, logo, um sonho de estágio. Mas chegando na sala onde também estava a gestora da revista, assim chamada pela empresa de RH, nós, os candidatos, tivemos que nos prestar a brincadeiras que eu não faço desde que minha altura não alcançava a maçaneta da porta.
"Bom, pra quebrar o gelo, vamos fazer uma roda, vocês dizem o nome e fazem um gesto, quem está do seu lado vai fazer a mesma coisa, além de repetir o nome e o gesto das pessoas que falaram antes de você, certo?"
Errado. Oooooiiii? Naquele momento não soube responder o que estava fazendo ali. Tentando manter a cordialidade e o cumprimento da tarefa falei meu nome e fiz um gesto que aprendi com minha prima, ela se comunica também com a linguagem dos sinais. O gesto significa avô e foi o primeiro que aprendi com ela. Veio logo na cabeça.
Nada melhorou depois da roda. Senti logo que a dinâmica estava ficando ainda pior quando a consultora de RH começou a distribuir papel e a pedir que as pessoas fossem até a mesa pegar revistas, cola e tesoura. O objetivo era fazer uma colagem com imagens que representassem você como é hoje, o que você quer mostrar para a revista e como você se vê no futuro.
O psicólogo que era professor da minha mãe na pós-graduação pedia a mesma coisa pra gente. Como não tinha com quem nos deixar, minha mãe levava minha irmã e eu para a aula e, para ficarmos quietas, ele pedia que fizéssemos desenhos ou coisas assim, para analisar depois. Eu tinha sete anos.
Queria ter feito a colagem de uma "chinfurímpula", não sei nem como é que se escreve. Só sei que lembrei do Chaves na aula do professor Girafales desenhando o tal objeto, que ele também não sabia para que servia.
É assim que eu me vejo hoje. Sou uma "chinfurímpula" que não conhece sua utilidade. Eu conhecia, até chegar naquela dinâmica, ver que só tinha uma vaga e que eu, talvez, não fosse boa o suficiente para ocupá-la.
Será que sou a única?

2 comentários:

  1. Ahaahahaha!!! Por falar nessas dinêmicas, minha mae vive me contando como são algumas reuniões dela do trabalho e também têm essas brincadeiras estranhas de psicólogo. Como eu gosto dessas coisas, seria engraçado participar, mas tb é bem chato considerando ser uma vaga tão importante né? ><

    PS: uma amanha, né? Avisou à lili

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  2. Ahhhh!

    Cadê o post das imprevisibilidades da vida??? Esse é O momento, daqui a pouco as coisas vão ficar muito previsíveis!
    huahauhuahauhuahu

    Keep writing, Polly!

    =***********

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