quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Para meninas


Tentando entender porque, em um dado momento, apenas a cidade, o meu quarto e um amigo de infância são os únicos que me conhecem de verdade. E, nessa empreitada, resolvi colocar umas músicas de 2005 pra tocar... o ano da minha vida. Tenho a sensação de que 2009 vai fechar o ciclo, terminando tudo o que comecei e começando de novo tudo que não devia ter terminado. É hora de aparar as arestas.

Mesmo parecendo que não, é para frente que estou olhando. Já era para eu ter crescido, crescido não, porque isso é coisa de criança... a palavra que mais cabe aqui é amadurecido, ainda que, por dentro, eu me sinta mesmo como quem tem quase quatorze anos e quer sair de casa. Acho que mudei muito pouco, continuo querendo ir para algum outro lugar, não sei onde.

E se não for para ser intenso, melhor não ser. Para tudo é preciso calma, mas até para o amor? Os anos vão me convencendo de que sim, mas aquela coisa inesplicável que me contorce a alma ainda diz: "atenção para o frio na barriga!"

"Aquela coisa" deve ser intuição. E como ela mexe comigo. Estou tentando acertar, mas será que isso basta? Talvez eu não esteja me esforçando o bastante.

É preciso coragem para começar e o dobro dela para dar um fim. E quem é que não tem medo de ficar sozinha? Uma mulher, sozinha nesta cidade? Mas antes mal do que só acompanhada.

"Things won't change until we change them."

Para todas as minhas amigas em suas repúblicas, pensionatos, quartos divididos com irmãs, apartamentos recém-comprados pelos pais... o que a gente encontra lá fora também encontra aqui dentro. Amo vocês!

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