sábado, 28 de fevereiro de 2009

O mapa da mina


Estranho ou não, este é o terceiro post consecutivo que fala sobre alguma insensatez, dúvida ou causa feminina. Acho que tenho andado pensando muito sobre essa gente... as mulheres. Quanta coisa para se pensar, ainda mais sendo uma delas! Quando dizemos universo feminino não é nenhum exagero...

Em vez de manual, começo a achar que seria mais negócio se a mulher viesse acompanhada de um mapa. Porque o manual acaba coisificando a gente, viramos um objeto, sei lá... um eletrodoméstico. E, talvez, a mulher tenha mesmo um "jardim secreto", como na música do Bruce Springsteen, Secret Garden. É bom lembrar que, na minha opinião, o tal jardim representa mais do que um eufemismo sexual, ainda que tenha todo direito de o ser. Mas, de verdade, sem piadinhas adolescentes, quem é que não gostaria de encontrar um jardim secreto na vida? Isso não te deixaria mais feliz? Melhor não dizer mais nada, segue a letra. Só que antes, uma correção se faz necessária: já que é secreto, melhor sem mapa.


She'll let you in her house
If you come knockin' late at night
She'll let you in her mouth
If the words you say are right
If you pay the price
She'll let you deep inside
But there's a secret garden she hides


She'll let you in her car
To go drivin' 'round
She'll let you into the parts of herself
That'll bring you down
She'll let you in her heart
If you got a hammer and a vise
But into her secret garden, don't think twice


You've gone a million miles
How far'd you get
To that place where you can't remember
And you can't forget
She'll lead you down a path
There'll be tenderness in the air
She'll let you come just far enough
So you know she's really there
She'll look at you and smile
And her eyes will say
She's got a secret garden
Where everything you want
Where everything you need
Will always stay
A million miles away
--

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Para meninas


Tentando entender porque, em um dado momento, apenas a cidade, o meu quarto e um amigo de infância são os únicos que me conhecem de verdade. E, nessa empreitada, resolvi colocar umas músicas de 2005 pra tocar... o ano da minha vida. Tenho a sensação de que 2009 vai fechar o ciclo, terminando tudo o que comecei e começando de novo tudo que não devia ter terminado. É hora de aparar as arestas.

Mesmo parecendo que não, é para frente que estou olhando. Já era para eu ter crescido, crescido não, porque isso é coisa de criança... a palavra que mais cabe aqui é amadurecido, ainda que, por dentro, eu me sinta mesmo como quem tem quase quatorze anos e quer sair de casa. Acho que mudei muito pouco, continuo querendo ir para algum outro lugar, não sei onde.

E se não for para ser intenso, melhor não ser. Para tudo é preciso calma, mas até para o amor? Os anos vão me convencendo de que sim, mas aquela coisa inesplicável que me contorce a alma ainda diz: "atenção para o frio na barriga!"

"Aquela coisa" deve ser intuição. E como ela mexe comigo. Estou tentando acertar, mas será que isso basta? Talvez eu não esteja me esforçando o bastante.

É preciso coragem para começar e o dobro dela para dar um fim. E quem é que não tem medo de ficar sozinha? Uma mulher, sozinha nesta cidade? Mas antes mal do que só acompanhada.

"Things won't change until we change them."

Para todas as minhas amigas em suas repúblicas, pensionatos, quartos divididos com irmãs, apartamentos recém-comprados pelos pais... o que a gente encontra lá fora também encontra aqui dentro. Amo vocês!