sábado, 8 de março de 2008

Reconciliação

Ele não queria conversa. Turvo, bravo e batendo muito, sua única intenção era me tirar dali.
Há muito tempo não aparecia e quando cheguei foi de surpresa. Recusava convites para visitá-lo, simplesmente não estava a fim.
Mas eu precisava de um mergulho. Dizem que a água do mar cura ressaca. Pensei comigo, será que também cura tristeza?
Curar não curou, mas eu mergulhei várias vezes na esperança de lavar a minha alma. E fui insistente, as ondas me jogavam na areia, tomei alguns caldos, mas eu sempre voltava. Depois de algum tempo e com muito esforço, o mar começou a me respeitar.
Foi assim que consegui meus mergulhos e aprendi algo mais sobre insistência e fé. Eu acreditava que aquela água podia me fazer bem, e fez. Saí de lá menos triste.
Vai soar brega, mas fiz as pazes com o mar. Andamos muito distantes por um tempo, eu só passava do outro lado da rua, como contei aqui uma vez. Hoje foi o dia da redenção. Não se deve dar as costas para ele, não por muito tempo.

3 comentários:

  1. Ahahahaha!
    Viu? Tô comentando XD
    Fizeram mesmo as pazes? Porque a água também te levou pra bem longe.

    bjinss

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  2. Oh como dizia o poeta Elymar Santos:

    "Sei láaaa seja oke for, eu vo deixar rolarrr, olha meu bem, qdo a dor é de amor, o melhor é amarrrrr"

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  3. HeHeHe... É pra comentar??
    :D
    :D
    :D
    :D

    É que...
    ;*

    Guaraparí, ano : 1998. Ela vai mergulhar. Vai mergulhar. Ela vai mergulhar. Está se preparando, ela vai mergulhar. Vai mergulhar. Vai... Ai meu Deus! Ela não mergulha!!!

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