quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Back to Basics


De volta ao Brasil, de volta à rotina. Mas qual rotina?

Incrível como tudo parece estar igual... até eu olhar com mais atenção para perceber que nunca antes na história nada esteve tão diferente.

Especilistas em saúde mental vão dizer que fui eu que mudei. E mudei mesmo, talvez seja isso.

É que pela primeira vez desde sempre, terminei a faculdade e voltei de uma viagem longa, a grande viagem da minha vida.

Agora, sou um barril de expectativas, a sonhadora que sempre fui, só que com os meios para colocar os sonhos em prática.

O que aprendi com Nova York? A ser objetiva, sem deixar o romantismo, acho que essa foi a minha principal lição. Posso estar diante de uma muralha de prédios gigantes e, em um segundo, dar de cara com o Central Park, laranjinha com as folhas do outono. Na cidade ou na vida, acho que é assim que as coisas funcionam.

O Padre Zé Paulo faleceu. Amigo da minha família e chefe da paróquia tradicionalista da cidade (a qual não frequentamos), o Padre Zé Paulo também se tornou meu amigo, a pessoa que, em uma conversa de domingo, me falou sobre Nossa Senhora de Lourdes e o que eu poderia aprender com ela. Depois, descobri que ela apareceu pela primeira vez no dia do meu aniversário, na França. Hoje, a tenho como amiga, a mais especial de todas.

Chorei muito com a morte do Padre Zé Paulo, mas ele certamente passa do Céu de tão bom. Logo, não há com o que se preocupar. A saudade, essa sim é inevitável.

Meu apartamento continua sendo meu lugar favorito no mundo todo. De Bom Jesus, senti mais saudades das pessoas do que da cidade, o que não deve ser novo para ninguém. Mas de que são feitos os lugares se não de pessoas? Pronto, senti falta foi de tudo.

Mas agora que voltei, parece que nunca estive longe. Dormi, sonhei e acordei. Só que de onde vem essas fotos que guardo aqui no computador e na memória? Provas de que sonhei sim, acordada.

Amanhã é um novo dia. Um brinde ao tempo! É tudo verdade, minha gente.