sábado, 15 de agosto de 2009

Sobre estar em casa


Eu adoro morar com meus pais. Mas não, eu não moro mais com meus pais, já há alguns anos. Mas, sim, eu moro com meus pais.

"Engraçado, não é, como a verdade soa diferente...". Penny Lane, a personagem que quaaase rendeu um Oscar de melhor atriz coadjuvante para Kate Hudson, antes dela entrar nessa onda de comédia romântica. Adoro esse filme, Quase Famosos. E a parte que a banda inteira canta Tiny Dancer no ônibus?

É que comecei a pensar sobre meus pais, sobre o quanto eu os amo. E o Festival de Woodstock também faz aniversário. São 40 velinhas? E porque estou ouvindo My Generation do The Who. E porque ganhei um laptop e porque levei um susto quando vi meu histório acadêmico completo. Porque eu tenho um canudinho. Porque eu vou passar dois meses morando em uma Grande Maçã. O que eu sempre quis, sempre.

Esta vida é muito louca. Louca mesmo. E de onde vem essa sensação dupla de "quero ficar, mas só se me deixarem ir embora"?

E de sumir de repente? E de aparecer de novo com outro corte de cabelo?

No mesmo filme, o menino que quer ser jornalista diz a Penny: "Preciso voltar para casa". Ela responde: "Você está em casa".

E no final das contas, até meus pais moram comigo, porque eles moram no meu coração. Porque eu não durmo sem falar com eles...

E como diz a minha mãe, só para me agradar: "Todo mundo no meio sabe que os melhores jornalistas vieram do interior".


# Foto especial: Capa do disco de Woodstock.